O que é o amor, pra você?
Na semana em que se comemora o dia dos (e)namorados., esta autora aqui quer saber: "O que é o amor pra você?"
Segundo a ciência, o processo neurológico do amor envolve diferentes regiões do cérebro: o hipotálamo, o córtex pré-frontal, a amígdala, o núcleo accumbens e a área tegmental frontal.
Colocando uma pitada de romantismo na parada, um estudo concluiu que estar apaixonado não afeta apenas as nossas emoções, mas também as transmissões cognitivas de alto nível. É sério o negócio. Já ouvi mais de um profissional sério nos assuntos de saúde mental dizer que quando se fica apaixonado, se fica meio defasado na capacidade de bem raciocinar: sim, a pessoa fica meio burra. Mas isso é sobre paixão. O amor é outra coisa. Ele parece fazer com que a gente use as nossas sinapses mais avançadas. Por isso, é verdade dizer que quem tem a capacidade de amar, é uma pessoa melhor.
Nas palavras dos pesquisadores, “isso significa que é possível que o amor tenha uma função real: não apenas para se conectar emocionalmente com as pessoas, mas melhorar nosso comportamento”.
Indo pra parte mais poética, Albert Camus dizia que “amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela”. Na outra ponta, Vinicius de Moraes só desejava que "seja infinito enquanto dure”.
Para Gandhi, “o amor é a força mais sutil do mundo”. Nas palavras de Nietzsche, “aquilo que se faz por amor está além do bem e do mal”.
No livro “O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint-Exupéry disse que “o verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem”.
Já a Clarice Lispector pede pra ter cuidado, e aconselha: "fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa”.
Há quem diga que amor é querer estar perto. Outros acreditam que “amar é deixar ir”. Tem gente que fala que amor é ter zelo e cuidado, outros dizem que amor é liberdade.
Enquanto alguns defendem que “amar alguém é uma escola”, Martha Medeiros afirma que “amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC”. Tenho minhas dúvidas sobre isso.
Seja qual for a sua definição, uma coisa é fato: é o amor que move o mundo. E ainda que a gente tente menosprezar o sentimento, é só ele — em qualquer forma — que dá sentido pra vida.
Tentando buscar uma definição para o sentimento que move o mundo, perguntei na caixinha do Instagram e também em uma caixinha no consultório, na qual os pacientes e amigos escreveram em papel “o que é amor pra você?”. Essas foram as respostas
:
“Quando nada mais importa na presença daquela pessoa”.
“Amor é o combustível da vida - que nos move por todos os nossos dias. Que nos faz sentir humanos, filhos de Deus”.
“Amor pra mim é um sentimento profundo que mexe com a gente, que nos faz perder a noção do tempo e querer estar com o outro a todo momento, mesmo que em silêncio. Só pelo simples fato de estar junto, no mesmo ambiente e na mesma sintonia”.
“Amor é carinho. Mas é mais forte que carinho. Então amor é um carinho potente”.
“Amor é quando a Margarete passa o café cedinho, e deixa as louças na pia pra eu lavar depois. Quando ela assiste ao futebol porque sabe que eu gosto, e quando eu assisto à novela porque sei que ela gosta”.
“Um sentimento de gostar incondicionalmente de algo ou alguém, independente dos defeitos ou de receber algo em troca”.
“Um amor sem liberdade não é amor. Pode ser medo, possessão, insegurança, mas não é amor. Amor é liberdade”.
“Servir ao outro sem cobrar”.
“Amor é o que faz tudo valer a pena. Não só no final, mas durante todo o caminho”.
"Amor é ficar com a família. E também fazer muitas coisas, tipo brincar. Acho que amor é isso".
“Ficar feliz com a felicidade do outro”.
Lindo, né? Eu mesma gosto de uma frase que tem em uma música do Nat King Cole, aliás, a música toda define bem o amor. A música abre com a frase: “love is a many splendored thing”. A voz de Nat King Cole já é o puro som do amor passado pelas cordas vocais de alguém. Eu acho que todo mundo deveria escutar, pelo menos uma vez na vida.
Saindo dos arrebatamentos de amor e indo para a parte digamos, mais mística das coisas, sim, pois segundo Gilberto Gil, “não adianta nem me abandonar, porque mistério sempre há de pintar por aí”, eu quase todos os dias tiro uma carta de tarô do Personare pra me aconselhar. Sou dessas, meu ascendente em peixes ama essas coisinhas. Olha ali o recado:
“É chegado o momento de conquistar algo bastante almejado. A presença do 6 de Paus como arcano conselheiro favorece a vitória sobre a adversidade e prevê uma situação específica de triunfo muito em breve.
Seus desejos e objetivos tomarão forma e você sentirá imensa satisfação ao perceber que seus esforços não foram em vão. Você se recordará de uma fase em que agiu de forma realmente insegura e achará graça disso.
Todas as pessoas, por mais fortes que sejam, passam por momentos de insegurança. Isso não as faz menos fortes.
A fraqueza surge apenas quando queremos fazer de conta que não passamos realmente por momentos de dificuldade e posamos com orgulho. Pedir ajuda a quem se confia não é má ideia, o grande lance é saber em quem confiar!
Conselho do Tarot de Hoje:
Confie em si e mande ver!”
Sim, Tarô, estou mandando ver.
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O que estou escrevendo: No momento, estou fazendo as devidas alterações e correções do meu primeiro livro, pois a minha revisora Nina Spim já me enviou um e-mail bem bonito com sugestões. O nome do livro será “Cinco Histórias de Amor (Ou nem tanto amor assim) É uma coleção de histórias que aconteceram comigo, na década de 90 e início dos anos 2000. Eu estou muito feliz com isso tudo. Semana passada eu chorava de felicidade, só de imaginar.
Aqui eu deixo, de presente, a playlist do livro. Eu espero que vocês gostem. <3
O que estou lendo: “O Homem de Giz”, estou amando e muito me lembra “It” e “Stranger Things”. Tô no começo. Depois vai ter resenha.
Pra você que já é assinante de “Calma aí, Coração”, muito, muito e muito obrigada. A cada novo assinante eu sinto vontade de fazer a dancinha do Chandler Bing. Se não é, aproveita, inscreve teu e-mail. É rápido, prático e gratuito. Deixem esta autora aqui mais feliz, e compartilhem com todo mundo que vocês acham que vai curtir.
Se lembrem: O único erro aqui dessa newsletter é amar demais, e esse erro até que não é tão grave.
Até a próxima newsletter. Com amor,
Andrea
Clarice certeira, como de costume. Martha, sinto dizer, me parece muito equivocada 🫢
Adorei o título do livro!